
O novo Programa Crédito do Trabalhador, que permite a concessão de empréstimos consignados para empregados do setor privado, registrou um volume impressionante de R$ 1,28 bilhão em sua primeira semana de operação. A alta demanda reflete o interesse dos trabalhadores em acessar crédito com juros reduzidos, utilizando o saldo do FGTS como garantia.
Alta procura
Já no primeiro dia de funcionamento, mais de 10 milhões de simulações de crédito foram realizadas, resultando na efetivação de aproximadamente 1,2 mil contratos nas primeiras horas. O programa, que pode beneficiar cerca de 47 milhões de trabalhadores formais, também contempla empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEIs).
O modelo adotado permite que o trabalhador use até 10% do saldo do FGTS ou a totalidade da multa rescisória como garantia para o financiamento. Com isso, os bancos conseguem oferecer taxas de juros mais baixas do que as praticadas em outras linhas de crédito convencionais.
Cuidados e riscos do endividamento
Apesar das vantagens, especialistas alertam para a necessidade de cautela ao contratar esse tipo de financiamento. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, reforçou a importância de avaliar cuidadosamente as condições antes de assumir novos compromissos financeiros, evitando o risco de superendividamento.
Outro ponto de atenção são as dificuldades técnicas registradas nos primeiros dias. O grande volume de acessos gerou congestionamento na plataforma, dificultando o processo para alguns trabalhadores interessados.
Repercussão e expectativas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou o programa como “o maior da história do país” em termos de crédito para trabalhadores do setor privado. Segundo ele, a iniciativa democratiza o acesso ao crédito e pode proporcionar um alívio financeiro a milhões de brasileiros.
Diante da alta adesão inicial, o programa deve continuar crescendo, mas é fundamental que os trabalhadores façam escolhas conscientes, considerando sua capacidade de pagamento para evitar dívidas desnecessárias.