Israel afirma ter matado chefe do Hamas na Faixa de Gaza; veja detalhes

globo canal 4 20250211 1718 frame 379638
Foto: Reprodução

O conflito entre Israel e o grupo Hamas ganhou mais um capítulo importante nesta terça-feira (28), quando o governo israelense anunciou oficialmente a morte de Mohammed Sinwar, apontado como o atual chefe do grupo islâmico na Faixa de Gaza. Segundo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Sinwar foi morto em um ataque aéreo realizado em 13 de maio, em Khan Younis, cidade localizada no sul do enclave palestino.

De acordo com as autoridades israelenses, Mohammed Sinwar estava escondido em um centro de comando subterrâneo do Hamas, localizado sob o Hospital Europeu de Gaza — um dos maiores da região. O ataque que resultou em sua morte foi realizado com o uso de bombas de alta precisão, capazes de atingir estruturas subterrâneas fortificadas.

Sinwar havia assumido a liderança do Hamas em Gaza após a morte do irmão mais velho, Yahya Sinwar, em outubro de 2024, também em uma operação israelense. Desde então, Mohammed passou a ser um dos nomes mais procurados por Israel, sendo apontado como um dos principais arquitetos dos ataques de 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1.200 israelenses mortos e resultaram no sequestro de aproximadamente 250 pessoas.

A morte de Mohammed Sinwar é vista pelo governo de Israel como um marco na ofensiva militar contra o Hamas, que já dura mais de sete meses. “Estamos eliminando a liderança do Hamas, um por um”, declarou Netanyahu em pronunciamento. Para ele, a queda de mais um nome importante do alto escalão da organização enfraquece a capacidade do grupo de coordenar ações armadas e representa um avanço significativo nos objetivos da operação militar.

No entanto, mesmo com a eliminação de líderes estratégicos, o conflito segue causando devastação, sobretudo entre a população civil da Faixa de Gaza. Estima-se que mais de 35 mil palestinos tenham morrido desde o início da guerra, grande parte mulheres e crianças. Organizações humanitárias relatam escassez severa de alimentos, medicamentos e energia elétrica, agravando ainda mais a crise humanitária em curso.

A morte de Sinwar ocorre em meio à pressão internacional por um cessar-fogo imediato e por negociações que levem à paz. Apesar disso, Israel insiste que sua missão só estará completa quando toda a cúpula do Hamas for desmantelada. Paralelamente, o grupo armado continua resistindo com ataques esporádicos e denúncias de que a população civil tem sido usada como escudo humano em várias áreas controladas pelo Hamas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *